sexta-feira, 15 de abril de 2011

Eu Assumo

E confesso que é difícil assumir.
Mas hoje eu estou sentindo falta de ficar quieta, bebendo um vinho, naquela companhia, ouvindo Chico Buarque ou Tom Zé ou Raul Seixas, sentada na varanda e conversando sobre as letras e conteúdos das músicas.
Por um lado é bom sentir essa falta, já que anuncia que algo no meu passado foi saudável, foi belo, foi gostoso de se viver.
Algo não compartilhavel e que não precisa ser revivido. Assim como a música de Peninha, que anuncia que saudade até que é bom. Mesmo que você não queria de fato voltar no tempo, faz falta.
Talvez seja um pouco dessa sensação que fazem com que as pessoas sejam insubstituíveis. E que passa um recado avisando que cada um tem uma importancia na sua vida.
Não apaga em nada a alegria que eu vivo hoje com o "sujeito em questão". Isso também está marcando algo que ninguém vai substituir.
É apenas um olhar saudoso por algo vivido.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sem título pra hoje

Pq às vezes a impressão é que eu tenho que entorpecer meu cérebro com alguma droga nauseabunda e semi-viciante, é a única forma de poder passar o dia.
Tirar o cinza que os pensamentos teimam em dar às emoções, quando o importante é deixar a vida correr e encher até a boca do copo com algo que não valha merda nenhuma.
Passar o dia inteiro largada na cama ao invés de estudar, escolhendo a droga pro dia, um filme qualquer em que a gente não precise prestar atenção nem fazer nenhum esforço.
Ou quem sabe me enfiar nos problemas alheios obrigando meus ruidos particulares a silenciarem com o caos do outro.
Eu me curo no trabalho, no cansaço, no suor. Mas quando o problema mescla com a cura, o jeito é o corpo encontrar uma forma de ficar dormente, nem vivo, nem morto.
A droga de hoje: Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos.
Se for bom, depois eu aviso.