quinta-feira, 6 de junho de 2013

Avisa que é de se entregar por viver...

E eu fico contando os dias e as horas pra te mandar embora. Planejando um discurso final cheio de certezas e verdades plenas.
Aguardando o momento em que você vai dizer que acha que deve sumir porque não quer atrapalhar minha vida, e dessa vez eu sou dizer que talvez seja melhor mesmo.
Porque já faz quase um ano que isso acontece. Quase um ano q eu me apaixono e desapaixono por você.

Quase um ano em que eu surgi na tua vida e ao invés de nossas vidas avançarem depois disso, elas estagnaram. Você em uma antiga paixão que nunca se desfaz, e eu no desejo latente de vencer essa competição, de ter para mim esse seu querer.

Porque você nao tem planos e objetivos concretos na vida, e eu preciso de alguém que tenha pra me dar impulso para seguir os meus.
E porque você é completamente influenciado pelos amigos e não sabe ao menos perceber que eu poderia te fazer bem.

Então eu quero que você me dê motivos pra te mandar embora. Que você aceite a culpa de me ver em silencio. Que minha raiva escondida em todos os "eu entendo" possa enfim se manifestar sem que eu me sinta culpada.

Agora eu estou pensando em como cavar meu sumiço, perguntando a mim se isso não seria uma necessidade de destruir um relacionamento que está sereno, mas não satisfaz ninguém, já que você não tem coragem pra falar o que realmente existe.

Mas eu não me mexo. Mesmo sabendo exatamente que pergunta desencadearia tudo, e sabendo que isso me daria razão pra sair, pra te forçar a pensar no que pode perder.

Porque a merda nisso tudo é que até meu desejo de te mandar embora é apenas pra que você me procure depois e se abra. Mesmo sabendo que, quando você se abrir, muito do que tem dentro eu vou criticar pra mim mesma e desencantar.

Eu já tenho tudo planejado, o presente comprado, o discurso perfeito. Mas tenho medo de não querer destruir isso, de perder o pouco que tenho, de não poder lutar pelo que quero, de me sentir injusta. E um medo maior ainda de você descobrir que eu estive certa e que na verdade apenas as madrugadas de sexta serião mais solitárias.

E também tenho medo de você descobrir que quer mais do que encontros notívagos de sexta e eu não querer o mesmo que você.

E num lampejo de realidade, numa clareza de razão, eu respondo pro meu romantismo maluco que se for pra existir um ponto final, que ao menos ele chegue logo de uma vez. E, se você não quiser mais do que isso, não faria sentido manter por mais um ano essa estupidez.

Porque o que mais vai doer não é a sua falta, apesar disso doer muito. O que mais vai doer é saber que você não quis. Que existe alguma peça da minha ferramenta que não funciona pro seu objetivo. Que no fundo eu sou mesmo uma boneca quebrada!

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