sábado, 21 de agosto de 2010

Feira da Música 2010

Um espetáculo para ver, sentir e, claro, ouvir!
Palco da praça verde do dragão do mar rolando Zeca Fofinho (se bem me lembro o nome). Banda 'meu estilo'.
De um lado uma pequena roda de candomblé/umbanda (um dia aprendo a diferença) fazendo a festa com muito batuque e belas mulheres dando seus fortes passos.
Um garotinho, loiro de doer, dançava feliz da vida com os pais, deixando claro que a felicidade morava ali.
O cheiro ocre do baseado batia louco no meu nariz. Várias pessoas apertavam e acendiam, acendiam e apertavam. Não faltou bagulho lá. E o cheiro e a fumaça... o cheiro impregnando.
Em outro canto, um rapaz normal fazia malabares, e era só começar a girar que os trejeitos dominavam o corpo, bonito mesmo de ver. As crianças parando pra olhar, ele parando pra apresentar e ensinar.
Uma moça, magra de dá dó, com uma touça gigante na cabeça, deixava o som da banda embalar, pernas e braços para todos os lados, sorrisos intensos.
Muita gente, muitos grupos, muitas famílias. Mas tudo suave, tudo caminhando em poesia para os olhos.
Casais arco-iris se permitiam viver naquele ambiente como se sempre tivesse sido de todos, os olhares não julgavam, nem assistiam, deixavam ser.
Eu ali totalmente inside. Me deixo levar embora, já havia dado por visto, já estava feliz pela vivencia, esperei a banda parar e segui o caminho pra casa.
Havia uma pedra. Há uma pedra.
Com tudo isso na memória, a pedra no sapato e no caminho, a tensão dos próximos dias, a leveza engraçada do peso das coisas... chego em casa, sem sono. Contudo, banho e cama.

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