sexta-feira, 30 de julho de 2010

TPM

Quem me conhece sabe: eu sou uma perfeita mulher no que diz respeito à TPM! Variações de humor de dá inveja a um ciclotímico. Algo entre a irritação alucinante/paranóica e a falta de ânimo moribunda.
Esse mês não está sendo nada diferente disso.
Hoje, no alto de um incômodo sem nome que me faz querer morar sozinha em um planeta distante, decidi "olhar as coisas por um outro ângulo". Li Te Ral Men Te.
Ao invés da confortável poltrona se sempre, me joguei no colchonete com 3 almofadas - por favor, precisamos mudar a capa delas, está uma lástima - e fiquei lá olhando a sala quase do chão, esperando o interfone tocar ouvindo Lorenna alguma coisa.
Com um milhão de pensamentos acerca das minhas relações - é eu penso muito sim -, que iam desde o meu cachorro operado até as pessoas do meu mais remoto passado, bateu aquela solidão.
Aquele eco de humanidade. Aquilo que vamos sentir pelo resto de nossas vidas. Uma baboseira filosófica sobre o fato de sermos únicos, e portanto, sós no mundo.
Não que seja ruim essa solidão existencial. De fato eu acho que tem muita baleza nisso. A mesma beleza que vejo quando imagino as milhares/trilhares/zilhares de seres microscópicos à minha volta, sendo ingeridos, tragados quando eu respiro. Refestelando-se na minha pele quando encosto em algo... enfim...
No meio desse turbilhão de pensar, percebi que o quadro "novo" com o jarro de flores fica ainda mais bonito quando visto do chão, porque os reflexos dourados brilham mais.
Descobri que a minha mesa deve estar com cupim - MERDA - devido àquela poeirinha indefectível embaixo de uma das pernas.
Concluí que vou morrer - figurativamente - nesse domingo. Re-encenarei a devoradora de livros.
Terei uma noite de sexta enfadonha, um sábado com um casamento que nem tô afim de ir, e um domingo meu.
Isso pra compensar a falta de saco que a TPM me presenteou ao saber que eu tenho que comprar um sapato hoje.

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