Passei grande parte da minha vida sem a intervenção dos seriados no meu dia a dia. Simplesmente assistia TV aberta ou fazia qualquer outra coisa que não envolvia seriados. Tá, o Barrados no Baile eu via.
No início da fase adulta, aquela que você acha que sabe de alguma coisa, eu comecei a me familiarizar com os seriados que todos falavam há tempos... Friends, Sex And The City, X-Files... e outros.
Eu gostava dos seriados e realmente era legal passar um tempo ali sem fazer nada só rindo a toa.
O que eu demorei muito para perceber, e que vem se tornando uma percepção constante, é que algumas pessoas colam nos personagens que gostam. A ponto mesmo de suas personalidades e pequenas manias se tornarem parecidas.
Não sei se eu tenho uma personalidade/mania de personagem, essa fica para quem quiser pensar. Mas de primeira, sem pensar, eu lembro de 3 pessoas que, se você prestar só um tantinho de atenção, você vê os personagens por trás.
Tenho uma amiga que é a Raquel do Friends. A forma como cuida do cabelo, o jeito que mexe as mãos, a expressão corporal... está tudo ali, maquiado com outro corpo, mas ali.
Tenho uma grande amiga que é a Carrie do Sex and the city. A mesma personalidade, as mesmas inseguranças, o mesmo modo de pensar, os mesmos assuntos em comum. São tão parecidas que não conseguiriam ser amigas nunca.
E um amigo que consegue a façanha de misturar intensamente dois personagens, um da adolescencia e outro mais atual... O Mulder do X-files, com sua nerdesa e seu jeito aspero de falar às vezes, até um jeito meio parecido de se postar. E o Barney do How I Meet Your Mother. Sim, ele conseguiu juntar essas duas criaturas em um único ser. E ficou bem interessante.
Com o tempo, as pessoas vão meio que se entregando quando falam de seus seriados preferidos. Outro dia conheci (não é amigo, é alguém que vc conhece em uma reunião de amigos e troca apenas um "oi, prazer") um sujeito que era o Charlie do Two and a half men. Bom, não posso garantir que ele assistia o seriado e, portanto, não posso balançar a bandeira da influencia que houve aí.
Mas o fato é que a psicologia está certa nesse ponto, nós realmente nos envolvemos com a mídia que consumimos... não somos puros, nem naturais... nem um pouquinho.
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