segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O suficiente...

E então eu comecei a planejar melhor como por minhas ideias em prática.
Aos poucos eu fui engrossando o pescoço e aprendendo a fazer as coisas sozinhas.
De início foram os seriados. Independer de ter alguém bacana ou não como companhia. Passei para os filmes, músicas, escolhas de cursos, decidir quem achar legal ou não.
Qual programa baixar, como desfazer aquela merda no computador, como instalar e utilizar os aplicativos do novo celular.
No fundo ainda restava aquela vozinha da criança encantada que dizia que o principe ia chegar e que eu podia esperar um pouco mais.
Mas daí vieram as idas aos mecânicos, escolher um de confiança, esperar horas na oficina pro carro sair. Escolher o óleo para colocar no carro. Pensar melhor nos investimentos do banco, pagar as contas, fazer pequenas dívidas e saná-las.
Definir quando e quem mandar à merda.
E assim aqueles planos foram começando a tomar forma... e eu que já tinha um costume de manchar a vida dos outros, tenho me visto manchando a minha vida.
Começar a concretizar certos planos para que eles se realizem dentro de suas possibilidades, sem que para isso eu tenha esperar que uma outra pessoa me acompanhe.
Eu pensei que seria mais difícil, e às vezes é... mas a sensação costuma ser como a que eu sinto quando estou mergulhando. A sensação de explorar a liberdade - ainda que limitada - que a vida nos dá.
Permitir que a noite passe e eu acorde com olhos inchados pela insonia, mas passar a madrugada assistindo o filme que eu resolvi assistir... aqueles que eu passei anos esperando pra assistir com alguém especial mas que eu tinha esquecido, na verdade, que eu talvez seja especial o suficiente.

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