domingo, 5 de fevereiro de 2012

Ah, é sempre mais do mesmo....

Ninguém negaria que ela era nostalgica. Dos filmes de arte que gostava, estilos musicais que ouvia, aos livros que lia.
Sim, era capaz de curtir uma comédia, de ouvir um forró e ler Paulo Coelho, mas nenhuma dessas escolhas chegava sequer perto de sua estante de prediletos. Passeavam pra dar a leveza necessário à vida que uma pessoa como ela precisa. Não, ela não é leve... e sabe disso.

Mas não é infeliz, e sabe curtir a vida e ficar feliz em simplesmente sentir o vento entrar na janela enorme do seu quarto.

Com o tempo foi acostumando a ficar no seu próprio mundo, cercada de coisas só suas e ideias que desistiu de dividir com outras pessoas, por nunca se sentir como esperava depois de compartilhar. Guarda no peito algumas amizades, frustrada devido à expectativa absurda que cria acerca de tudo.

Sempre à espera de que algo a tire do seu mundo estranho, mas adaptada a decepção do mundo. Por um lado espera muito, por outro, exige pouco... já acredita que o mundo só tem isso mesmo pra dar... sabe que depois de 2 semanas de descobrir sua música predileta estará cansada demais e se questionando onde foi parar todo aquele interesse.

Blasé... imensamente blasé... já teve medo de ser conhecida por alguém como uma pessoa cult... odeia os cults... seus conhecimentos de orelha de livro e ar de artistas... prefere zilhões de vezes pessoas comuns que tiram a calcinha do cima do vestido no meio da rua... não acrescentam no seu mundo, mas pelo menos nunca ofereceram isso, por isso são sinceras...

Blasé... blasé, blasé...

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