quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Paixão!

Existe uma força não-dita, mas revelada, em mulher quando ela sofre de paixão. Vejo isso em filmes, em livros, vejo isso em mim e nas mulheres que me cercam. Existe uma raiva real e insana que transborda pelos poros enquanto o seu desejo é desprezado. Algum franzir de testa que revela que aquele "tá tudo bem" é uma farsa mal feita. Aquele olhar puxado pelo canto de olho quando o ser em questão está presente, um levantar de queixo como que pra dizer que a dor passou. Assumindo a dor que ainda dói. É diferente do momento em que a mulher ainda nem percebeu a dor que tem, onde ela continua com a diminuição da figura desejada. Alí não é a mulher que sofre, não ainda. Não existe beleza, nem tentativa de se reerguer. Nem existe força nesse momento. Naquela com o olhar altivo, com a raiva expressa no canto da boca (que destila mais desejo do que ódio), com o nariz empinado (na tentativa de manter os joelhos firmes diante do estímulo do outro), eu vejo graça. Eu vejo beleza. É uma figura que tenta, que busca dar sentido, que luta por omitir e suprimir o que sente, embora não seja possível. Existem muitas falas no ar blasè da mulher que sofre de paixão!

Nenhum comentário:

Postar um comentário