sábado, 5 de dezembro de 2009

Ah, as paixões...

Eu já falei das paixões aqui!?

Certamente sim, mas vamos falar de outra forma agora. Não vou falar dos alvos de paixões, aqueles seres extremamente apaixonáveis. Falemos de comportamentos.

Paixão, como outro comportamento qualquer, é algo aprendido, certo? Você aprende a se apaixonar. E, creia-me, você vai precisar disso.

Por ser um comportamento emitido, é pessoal e intransferível. Ou seja, é você quem se apaixona, ninguém apaixona você. O bom disso é que você está no controle. Sempre! (Agora, se você dá o controle pra outra pessoa jogar no seu lugar, aí o problema é teu - ou meu, né? já que faço isso frequentemente).

Se apaixonar por alguém é se interessar por esse alguém. É "ir atrás" da pessoa, buscar conhecê-la, ter curiosidade em relação a ela, mantê-la por perto, mesmo que ela esteja longe. Isso envolve aqueles pensamentos que você tem antes de dormir, os sorrisos que você solta quando tá sozinha lembrando da pessoa, a vontade desesperadora de conversar com a pessoa... essas coisas, você entendeu.

Agora, algumas pessoas são apaixonáveis - interessantes, com conteúdo, divertidas, instigantes - outras não. Paciencia, a vida é assim.

Por isso, é comum que eu brinque com as paixões. Me apaixono facilmente, mas me desapaixono facilmente também. Basta querer. Da mesma forma que me apaixonar envolve eu querer conhecer alguém, desapaixonar, envolve perder o interesse, ou permitir que isso ocorra.

Algumas vezes, perder o interesse surge do simples fato de eu perceber que meus comportamentos são incompatíveis com os daquela pequena criatura extremamente apaixonável. Porque, eu posso querer, ou não, mudar meu comportamento e me adaptar (coisa que, hoje em dia, tô morrendo de preguiça de fazer). Outras vezes, a pessoa simplesmente deixa de ser apaixonável, simples assim.

Paixão nem sempre tem a ver com querer namorar alguém. Claro, se você se apaixonar, é fácil querer se envolver mais fortemente com a dita criatura, mas isso não necessariamente precisa acontecer, certo?

De forma que, estar apaixonada, é sempre bom. Afinal, na vida a gente precisa se interessar pelas coisas. E é por isso que não são fã da vibe do "amor líquido". Posso - e costumeiramente, quando solteira, faço - brincar de amores liquidos, mas isso é um saco a maioria das vezes. É divertido, não deixa de ser, são historinhas pra contar para seus netos, e fazê-los ver que você "curtiu" a vida de alguma forma. Mas eu prefiro as paixões. Sempre. Prefiro ter um alvo na vida.

Hoje, é verdade, eu ando um pouco melindrosa quanto a isso. Fico ali na iminência da paixão, mas não mergulho. Mas por questões minhas, tô meio preguiçosa pra isso, pra mergulhar em alguém, tentar entrar no jogo. Acho que perdi, em algum lugar, a paciencia pra tentar me fazer comprável. Sem saco pra me vender. Por isso, eu tô ficando no quase.

Perceptível que há pouco eu encontrei um sujeito apaixonável. Nem escondo isso - só dele (será?). Já fiz a tarefa de casa, já molhei o pé, entrei na água até cobrir a batata da perna, mas não mergulhei ainda. É estranho me ver escrever sobre cautela em paixão. O normal é eu me jogar logo com tudo - e me estabacar todinha, devido a pressa.

Por isso, dessa vez, eu - analista do comportamento que sou - vou ficar com o controle na mão, tá? Por ser um comportamento aprendido, emitido, a minha possível paixão vai ser reforçada em um esquema de reforço diferente dessa vez. Nem constante, nem intermitente, mas por tempo variável com intervalos grandes (pra não complicar ainda mais esse post).

Pronto, é isso, defini: virei um rato!
(A teoria é linda, quero ver na prática! ¬¬ )

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