sexta-feira, 26 de março de 2010

Talvez eu deva deixar tudo correr livremente. Soltar as amarras que seguro e me seguram. Boiar, flutuar no mundo.
Me deixar elevar pelo taoísmo na vida.
Lançar para lá toda a moralidade que me prende.
Ser quase autêntica, quase egoísta. Se é que existe diferença aí.
Como diz John Gray (não aquele de Martes e Venus): "Quase tudo que é mais importante em nossas vidas é não-escolhido". Ou ainda, antes disso: "Controlamos muito pouco daquilo que mais prezamos; muitas de nossas decisões mais importantes são tomadas sem o nosso conhecimento".
Bah, se é assim - e eu acredito nisso - é melhor só deixar as águas seguirem seu curso. Fixar o olhar no próprio umbigo e ver onde o vento nos leva.
Tem horas que é preciso um denso superficial. Abandonar a busca por um sentido em tudo. Sem essa de olhar pra frente, olhar pra trás. Deixar-se guiar pelos sentidos primários. Aceitar ser bicho por um tempo.
No fim tudo é muito pequeno.
No fim tudo se resolve e se acerta.

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