terça-feira, 5 de outubro de 2010

Oh, morte, tu que és tão forte!

Fui a um velório ontem. Ninguém próximo a mim, mas próximo de próximos a mim. Enfim... não vem ao caso.
A questão é o peso da morte nas pessoas. Em mim também.
Nenhuma dor é tão legítima quando essa. Perder alguém que você ama pra morte.
Não que eu considere a morte uma inimiga, que vem e rouba. Acho que o peso está na fragilidade.
Pensei de forma sofrida na morte dos que amo, especialmente dos meus amigos mais próximos "L" e "M", não consegui pensar na morte d'Ela (não dá). E imaginei a possibilidade daquele velório ontem de noite ser de um deles.
Destesto quando essas coisas acontecem próximo do meu aniversário. Nesse período eu costumo ficar bem instrospectiva em relação a isso. Leio mais sobre o assunto, penso mais nele, na minha própria morte, em quem estaria por perto, o que conversariam sobre mim. Se estou fazendo um bom papel nesse mundo. Se as lembranças seriam doces, engraçadas, tristes ou apenas fulgazes.
Não dá pra saber, eu entendo. Mas eu penso. Eu penso no meu trabalho, naquilo que faço junto a outras pessoas, o quanto influencio algumas delas.
Hoje o que fica na lembrança dos que estavam ontem é vago, e só vai assentando com o tempo. Aparentemente foram coisas boas, e ótimos momentos.
O que eu estou deixando?
É isso que me pergunto sempre, com as pessoas que me relaciono, e quando imagino que estou deixando mais peso que levesa me obrigo, conscientimente ou não, a me afastar. Essas coisas me importam. No fim tenho medo de deixar mais distancia do que presença. Mais perguntas do que respostas.
Mas se em algum momento eu deixar um único sorriso que seja para aqueles que eu sei que me deixarão risadas e um manto de felicidade pelos bons momentos, acho que já me sentiria grata pela vida.

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